quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bope caça assassino de militar e impede trabalho da imprensa

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) promoveram uma mega operação durante a noite de ontem e madrugada de hoje pelas ruas, avenidas e periferias da cidade. O objetivo era capturar a qualquer custo o assassino do policial Paulo César de Medeiros, 41, encontrado em um ramal no fim do bairro Usina de Asfalto na noite de terça-feira. Motoqueiros foram o principal alvo de abordagens, assim como pessoas em áreas de ponte. A imprensa teve dificuldades para documentar o trabalho e vários jornalistas sofreram ameaças de ter o equipamento quebrado ou confiscado (como se isso pudesse ser feito legalmente). A truculência do chamado grupo especial da PM foi além, promovendo o terror em crianças que não compreendiam a razão da investida nas palafitas e nem a maneira violenta das abordagens feitas a gritos e empurrões (o que é típico do Bope). No final a operação não deu em nada, mas deve continuar até que o matador de Paulo Medeiros, liquidado com cinco tiros de pistola 380 seja encontrado (e morto).

Um comentário:

  1. Na maioria dos casos envolvendo crimes, seja de homicídio ou de corrupção, a imprensa encontra certa dificuldade de acompanhar as investigações, o desenrolar das ações policiais. Muitas vezes, em razão da busca de indícios que não sejam corrompidos pela presença dos jornalistas e curiosos que lotam o local em que a polícia aparece depois do delito.
    Não é fácil ir atrás das notícia, de informações, principalmente no âmbito policial. Calma, precaução e certeza do que vai ser redigido são primordiais para uma notícia parcial
    Quando se trata das operações da PF, os jornalistas só conseguem informações necessárias para o desenrolar da matéria depois que o delegado responsável confirmar coletiva com a imprensa.
    Relembremos que o caso relativo a postagem mexe com uma situação delicada: um homem foi assassinado, esse homem era militar, esse homem não teve chance de se defender, esse homem tinha família, o que torna a forma como se comenta isso mais delicada.
    Não estou justificando o lado A ou lado B da questão, apenas comentando algo não pode ser explicado, exemplificado ou justificado da fora como foi...
    Não vejo o BOPE dessa forma. Vejo homens que tem que lidar com uma situação de conflito vista por mim como cruel, triste e impiedosa. Quando você vive o jornalismo policial, você se torna um pouco policial - civil ou militar, você entende e vive como eles vivem.

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